Heteronomia (do grego heteros, "diversos" + nomos, "regras") é um conceito criado por Kant para denominar a sujeição do individuo à vontade de terceiros ou de uma coletividade. Se opõe assim ao conceito de autonomia onde o ente possui arbítrio e pode expressar sua vontade livremente. É um conceito básico relacionado ao Estado de Direito, em que todos devem se submeter à vontade da lei.
A consciência moral evolui da heteronimia para a autonomia, ou seja, as pessoas começam por interiorizar as normas e obedecendo-lhes por medo do castigo — heteronomia —, até que essa situação evolui para um patamar que consiste na autodeterminação das pessoas em função de princípios e valores morais justificados de forma racional - autonomia. A heteronomia significa que a sujeição às normas jurídicas não está dependente do livre arbítrio de quem a elas está sujeito, mas, pelo contrário, se verifica uma imposição exterior de que decorre da sua natureza obrigatória.
Para Paulo Freire o sistema educacional impõe excessiva heteronomia em seus educandos, desestimulando assim o desenvolvimento de capacidade de iniciativa, criatividade, emancipação e a construção de um "ser para si". Segundo ele, sem autonomia as crianças se tornam adultos conformistas, com pouco senso crítico e vulneráveis a sistemas sociais, políticos e econômicos opressores. Em seu livro Pedagogia da autonomia acredita que os oprimidos culpam causas mágicas e míticas como o destino, a sina, a vontade de Deus pela sua falta de liberdade. Assim a autonomia seria vista como inacessível, inatingível e irrealizável levando ao conformismo e perpetuando o sistema opressor.
Na minha opinião, a heteronomia além de afetar os educandos, também esta afetando os educadores hoje em dia, pois os mesmos tem que seguir uma série de regras pré estabelecidas, seja no currículo obrigatório, nas relações interpessoais e na busca incessante de resultados positivos, o que somado e em conjunto com outras peculiaridades fragmenta o processo educativo, pois os educadores acabam se desestimulando e indo para duas linhas opostas, a que defino como depressão educativa, e a complacência, a depressão educativa consiste em tentar achar culpados para o problema da educação, como os alunos, a família, o sistema, já a complacência faz com que o professor perca sua identidade para pertencer a um núcleo dominante, ou seja para comer migalhas. Tanto um quanto o outro processo fere o papel do educador, pois seu senso crítico torna-se limitado, os professores em estado de depressão educativa não conseguem ver mais luz no fim do túnel, e passam a tratar os alunos com aversão, direcionando suas frustrações para os educandos, já a linha dos complacentes, tem o seguinte pensamento já que não posso mudar a educação vou me aliar aos mais fortes, para esses infelizmente só importa o salário no inicio do mês.
Bem colegas como professor da área de ciências exatas, aprendi que todos os problemas matemáticos apresentam uma solução, porém os problemas mais difíceis exigem dedicação, visão geral(ampla), noites de insonia, e confiança, também sei que os problemas da educação em nosso país não podem ser resolvidos com fórmulas miraculosas ou exportação de ideias estrangeiras, ela deve esta de acordo com nossa realidade, sei que é difícil, sei que estamos cansados, mais se deixarmos de acreditar em nos mesmos, como vamos querer que nossos alunos acreditem na gente. Nossos alunos são iguais sementinhas, que se regadas de forma correta, podem gerar grandes frutos no futuro, isso não é papo de demagogo, eu estou em sala de aula como vocês, já tive depressão educativa para sobreviver algumas vezes também fui complacente, mais nunca deixei de acreditar nas sementinhas.
Amados colegas, gostaria que entendem-se que meus textos são reflexivos e quando exponho minhas ideias de forma generalizada é com a finalidade de causar algum impacto, seja ele emotivo seja ele reflexivo, porém para ser justo, tenho que relatar que uma minoria de colegas vem tentando ludibriar este quadro da educação, mas acho que práticas pontuais não resolvem o problema maior, que seria uma consciência coletiva de que a formação do aluno como um cidadão crítico e conhecedor dos seus direitos deva prevalecer sobre a do técnico para alimentar a máquina capitalista. Para tanto vou relatar neste momento uma pesquisa que efetuei recentemente, com alunos do 1º ano no ensino médio do turno da manhã da rede estadual de ensino, com alunos na faixa de 14 a 16 anos, onde passei a seguinte redação em sala de aula " Como os estudos das ciências podem influenciar seu exercício da cidadania", ao término da atividade fiquei assustado com auto nível crítico dos educandos, aí comecei a analisar os dados e me fiz a seguinte pergunta, porque quando os alunos terminam o ensino médio, na sua grande maioria perdem esse senso crítico e muitas vezes não conseguem encontrar seu espaço seja na vida, seja no mercado de trabalho?fiquei dias e dias refletindo até que cheguei a uma conclusão que me deixou muito triste, o verdadeiro culpado sou eu, que poderia ter feito mais este tipo de trabalho, ao invés de todo ano passar pesquisas para casa como o já velho e batido problema do efeito estufa, onde os alunos poderiam até pagar para ser feito, vejam como eu me incluo no problema, eu até pouco tempo atrás na minha vida também dava mais valor ao ter ao invés do ser. Sei o que estou fazendo com este site, sei que posso um dia ter represálias, sei que alguns colegas irão se afastar de mim, mas uma coisa quero que todos saibam,minhas intenções são verdadeiras, sei que não escrevo de forma bonitinha e para agradar, mas escrevo de forma realista e com honestidade, não espero reconhecimento material e sim levar a minha mensagem com liberdade e de forma democrática . Bem para concluir esse texto que já esta se alongando demais, gostaria de fazer uma pergunta a vocês colegas, o que podemos fazer para driblar a heteronomia e favorecer o senso crítico dos alunos?
A consciência moral evolui da heteronimia para a autonomia, ou seja, as pessoas começam por interiorizar as normas e obedecendo-lhes por medo do castigo — heteronomia —, até que essa situação evolui para um patamar que consiste na autodeterminação das pessoas em função de princípios e valores morais justificados de forma racional - autonomia. A heteronomia significa que a sujeição às normas jurídicas não está dependente do livre arbítrio de quem a elas está sujeito, mas, pelo contrário, se verifica uma imposição exterior de que decorre da sua natureza obrigatória.
Para Paulo Freire o sistema educacional impõe excessiva heteronomia em seus educandos, desestimulando assim o desenvolvimento de capacidade de iniciativa, criatividade, emancipação e a construção de um "ser para si". Segundo ele, sem autonomia as crianças se tornam adultos conformistas, com pouco senso crítico e vulneráveis a sistemas sociais, políticos e econômicos opressores. Em seu livro Pedagogia da autonomia acredita que os oprimidos culpam causas mágicas e míticas como o destino, a sina, a vontade de Deus pela sua falta de liberdade. Assim a autonomia seria vista como inacessível, inatingível e irrealizável levando ao conformismo e perpetuando o sistema opressor.
Na minha opinião, a heteronomia além de afetar os educandos, também esta afetando os educadores hoje em dia, pois os mesmos tem que seguir uma série de regras pré estabelecidas, seja no currículo obrigatório, nas relações interpessoais e na busca incessante de resultados positivos, o que somado e em conjunto com outras peculiaridades fragmenta o processo educativo, pois os educadores acabam se desestimulando e indo para duas linhas opostas, a que defino como depressão educativa, e a complacência, a depressão educativa consiste em tentar achar culpados para o problema da educação, como os alunos, a família, o sistema, já a complacência faz com que o professor perca sua identidade para pertencer a um núcleo dominante, ou seja para comer migalhas. Tanto um quanto o outro processo fere o papel do educador, pois seu senso crítico torna-se limitado, os professores em estado de depressão educativa não conseguem ver mais luz no fim do túnel, e passam a tratar os alunos com aversão, direcionando suas frustrações para os educandos, já a linha dos complacentes, tem o seguinte pensamento já que não posso mudar a educação vou me aliar aos mais fortes, para esses infelizmente só importa o salário no inicio do mês.
Bem colegas como professor da área de ciências exatas, aprendi que todos os problemas matemáticos apresentam uma solução, porém os problemas mais difíceis exigem dedicação, visão geral(ampla), noites de insonia, e confiança, também sei que os problemas da educação em nosso país não podem ser resolvidos com fórmulas miraculosas ou exportação de ideias estrangeiras, ela deve esta de acordo com nossa realidade, sei que é difícil, sei que estamos cansados, mais se deixarmos de acreditar em nos mesmos, como vamos querer que nossos alunos acreditem na gente. Nossos alunos são iguais sementinhas, que se regadas de forma correta, podem gerar grandes frutos no futuro, isso não é papo de demagogo, eu estou em sala de aula como vocês, já tive depressão educativa para sobreviver algumas vezes também fui complacente, mais nunca deixei de acreditar nas sementinhas.
Amados colegas, gostaria que entendem-se que meus textos são reflexivos e quando exponho minhas ideias de forma generalizada é com a finalidade de causar algum impacto, seja ele emotivo seja ele reflexivo, porém para ser justo, tenho que relatar que uma minoria de colegas vem tentando ludibriar este quadro da educação, mas acho que práticas pontuais não resolvem o problema maior, que seria uma consciência coletiva de que a formação do aluno como um cidadão crítico e conhecedor dos seus direitos deva prevalecer sobre a do técnico para alimentar a máquina capitalista. Para tanto vou relatar neste momento uma pesquisa que efetuei recentemente, com alunos do 1º ano no ensino médio do turno da manhã da rede estadual de ensino, com alunos na faixa de 14 a 16 anos, onde passei a seguinte redação em sala de aula " Como os estudos das ciências podem influenciar seu exercício da cidadania", ao término da atividade fiquei assustado com auto nível crítico dos educandos, aí comecei a analisar os dados e me fiz a seguinte pergunta, porque quando os alunos terminam o ensino médio, na sua grande maioria perdem esse senso crítico e muitas vezes não conseguem encontrar seu espaço seja na vida, seja no mercado de trabalho?fiquei dias e dias refletindo até que cheguei a uma conclusão que me deixou muito triste, o verdadeiro culpado sou eu, que poderia ter feito mais este tipo de trabalho, ao invés de todo ano passar pesquisas para casa como o já velho e batido problema do efeito estufa, onde os alunos poderiam até pagar para ser feito, vejam como eu me incluo no problema, eu até pouco tempo atrás na minha vida também dava mais valor ao ter ao invés do ser. Sei o que estou fazendo com este site, sei que posso um dia ter represálias, sei que alguns colegas irão se afastar de mim, mas uma coisa quero que todos saibam,minhas intenções são verdadeiras, sei que não escrevo de forma bonitinha e para agradar, mas escrevo de forma realista e com honestidade, não espero reconhecimento material e sim levar a minha mensagem com liberdade e de forma democrática . Bem para concluir esse texto que já esta se alongando demais, gostaria de fazer uma pergunta a vocês colegas, o que podemos fazer para driblar a heteronomia e favorecer o senso crítico dos alunos?
Última edição por Flavio Fernandes em Sáb Out 11, 2014 1:46 pm, editado 2 vez(es) (Motivo da edição : Lançar uma temática)